A cidade de Bahía Blanca, na vizinha Argentina, registrou na última sexta-feira (7/3) um recorde de chuvas, com a impressionante marca de mais de 400 milímetros de chuva em um pouco mais de oito horas, mais mais que o dobro do recorde anterior registrado na cidade em 1930.
As grandes precipitações correspondem a um ano de chuvas. Até o momento, o município argentino informou, na rede social X, que 16 pessoas morreram em consequência das fortes chuvas.
Também, de acordo com as autoridades argentinas, a cidade portuária recebeu 400 milímetros de chuva em cerca de oito horas na sexta-feira (7), o equivalente a 70% do que normalmente cai em um ano.
Javier Alonso, ministro da Segurança da Província de Buenos Aires, falou que foi uma quantidade de chuva “sem precedentes”. Ele também recordou que, antes, a maior precipitação de chuvas que caiu na cidade aconteceu em 1930, quando foram anotados 175 milímetros. “Esta é quase três vezes maior”, disse o ministro.
Desta vez, bairro inteiros ficaram cheios, restando só os telhados das casas visíveis e milhares de desabrigados. Em alguns pontos da cidade, o volume da água chegou a dois metros de altura, arrasando pontes e causando o fechamento de estradas, o que dificultou ainda mais os esforços das equipes de resgate.
Além disso, o aeroporto da cidade foi fechado até nova ordem, e as autoridades argentinas fecharam algumas linhas de transmissão de eletricidade para reduzir o risco de choque elétrico. Também todas as escolas tiveram as aulas suspensas nesta segunda-feira (10).
Federico Susbielles, prefeito de Bahía Blanca, falou em uma coletiva de imprensa que a reconstrução do município, que tem 350 mil habitantes, não sairá por menos que 400 bilhões de pesos (algo em torno de R$ 2,1 bilhões de reais).
O governo do presidente argentino Javier Milei anunciou que irá disponibilizar 10 bilhões de pesos (R$ 54 milhões) em ajuda de emergência.
jornal La Nacion
Diante da gravidade da situação, também declarou três dias de luto em todo o país pelas vítimas fatais da tempestade, informou o governo do presidente Javier Milei através da imprensa.
“a medida foi oficializada pelo Decreto 178/2025 publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial e estabelece que a bandeira nacional permanecerá a meio mastro em edifícios públicos durante esse período”.
Chuvas Deixam Rastro De mortes E Destruição
O município argentino divulgou em seu perfil oficial da rede social X a morte de uma mulher em via pública e de outras cinco pessoas, porém, afirma a possibilidade de um número bem maior de vítimas dada a “magnitude do desastre climático”.
“Quanto ao número de mortos, o número sobe para seis: uma mulher na via pública nas ruas Paroissien e Rawson, quatro pessoas na via pública na área de Sarmiento às 1000 e uma pessoa em Cerri. Neste momento, dada a magnitude do desastre climático, não se pode descartar a existência de um maior número de vítimas mortais.”
A cidade portuária argentina foi isolada por conta das fortes chuvas. Também, por conta disso, não há fornecimento de combustível, a energia foi cortada, serviços de transporte público suspensos e os serviços de saúde foram muito afetados por vazamentos de água no hospital municipal.
Além disso, cerca de mais de mil pessoas foram retiradas de partes da cidade que estavam em situações de muito perigo, cercadas ou já submersas pelas águas da enchente
De acordo com o serviço meteorológico argentino, mais chuvas estão previstas para o local nas próximas horas. O fenômeno ocorreu principalmente após uma onda de calor, que criou condições necessárias para chuvas intensas, gerando instabilidade e elevando os níveis de umidade.
Com isso, o fenômeno avançou para o norte, em direção a Buenos Aires, no fim de semana, trazendo fortes tempestades, chuvas intensas com granizo e fortes rajadas de vento.
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