Bolsonaro É Indiciado Pela PGR

A Procuradoria Geral Da República Citou Algumas Questões Que Não Foram Citadas Pela Polícia Federal

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o Ex Presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas na suposta tentativa de golpe de Estado, difere no número de páginas e indiciados do relatório da Polícia Federal (PF) concluído em novembro do ano passado e enviado ao procurador-geral, Paulo Gonet.

Portanto, das diferenças, a acusação tem como base as provas reunidas pela polícia federal durante as investigações. Além disso, a denúncia do procurador Paulo Gonet acrescenta dois crimes àqueles apontados pela investigação da polícia federal: dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

O Que Esperar Agora Após Denúncia da PGR?

  • A denúncia é apresentada pela PGR no âmbito da investigação relatada pelo ministro Alexandre de Moraes.
  • O relator abre o prazo de 15 dias para os advogados dos denunciados apresentarem defesa prévia e eventuais contestações.
  • Se houver contestações a trechos da denúncia, o relator abre vista à PGR responder os questionamentos.
  • A PGR tem o prazo de 5 dias para responder as contestações.
  • A denúncia volta ao STF, e o relator avalia a acusação e os argumentos da defesa – não há prazo para esta análise.
  • Quando o caso está apto a julgamento, o relator libera a denúncia para análise da Primeira Turma, que vai julgar o caso e decidir se transforma os denunciados em réus ou não.

Então, se a denúncia for aceita, é aberta ação penal e começa a fase de contraditório, coleta de provas e de depoimentos de testemunhas de defesa e acusação.

Da mesma forma, o material que supostamente tenta incriminar Bolsonaro e aliados do antigo governo já está protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, e será logo analisado pela 1ª Turma da Corte. Especificamente, a principal diferença entre os documentos é a extensão: o relatório da PF tem 884 páginas, enquanto a denúncia da PGR possui 272.

Procuradoria Geral Da República (PGR)

A Procuradoria Geral da República é o principal órgão de acusação que está responsabilizado pela acusação do ex-presidente Jair Bolsonaro, por danos contra o patrimônio da União, e deterioração de bens tombados pelo patrimônio ao também citar as manifestações de 8 de Janeiro de 2023, crimes que não foram atribuídos ao ex presidente no relatório da polícia federal.

Além disso, o documento da PGR também declara, tendo como base indícios frágeis e sem comprovação, que o ex presidente Bolsonaro teria concordado com um plano para tirar a vida do atual presidente Lula da Silva, do atual Vice presidente Geraldo Alckmin e do Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Morais.

O volume maior do relatório da  polícia federal explica-se pelo correto detalhamento do inquérito, que durou anos e conta com transcrições de mensagens apreendidas, contextualização de cada episódio investigado e depoimentos dos envolvidos e testemunhas. A PGR escolheu por deixar o texto mais curto e redondo.

Relatório da Polícia Federal Sobre o Caso

O relatório da polícia federal não consta a acusação sobre os atos de 8 de janeiro de 2023 no indiciamento do ex presidente Bolsonaro. Contudo, estabeleça conexão entre os atos e o ex presidente. Além disso, o documento final não há citação do concordância de Bolsonaro ao suposto plano de assassinato.

Também, há outras diferenças, que nem todos os indiciados pela polícia federal foram indiciados pela PGR, e alguns indiciados não constavam na lista de indiciados da corporação. Embora, a PGR não é obrigada a seguir as mesmas linhas de raciocínio e conclusões da polícia federal.

37 pessoas foram acusadas pela polícia federal, incluindo Bolsonaro, porém, 10 nomes ficaram de fora da denúncia de Paulo Gonet (nomes abaixo).

  • Alexandre Castilho Bitencourt da Silva
  • Amauri Feres Saad
  • Anderson Lima de Moura
  • Aparecido Portela
  • Carlos Giovani Delevati Pasini
  • Fernando Cerimedo
  • José Eduardo de Oliveira e Silva
  • Laercio Vergilio
  • Tércio Arnaud
  • Valdemar Costa Neto

Entre os excluídos da lista de Paulo Gonet, estão figuras centrais do relatório da polícia federal, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, os coronéis da ativa Alexandre Castilho Bitencourt da Silva e Anderson Lima de Moura, ambos investigados por autoria da carta que incitava as forças armadas e a população. Contudo, Paulo Gonet indicou no início do documento que aqueles que “sobraram” poderão ser denunciados futuramente.

Obrigado pela leitura, prestigiem outras matérias do nosso Site!, isso nos ajudará muito. Deus abençoe!.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima